Pegar no telefone, digitar 1-1-2 e transmitir a informação. Será assim tão simples?

É importante que a população tenha conhecimento acerca do funcionamento do 112 e da forma correta de realizar a chamada, de forma a permitir uma resposta adequada do sistema de emergência.

O 112 é o Número Único Europeu de Emergência. Este número, gratuito, pode ser usado para contactar com qualquer serviço de emergência em qualquer país da União Europeia a partir de qualquer telefone, seja ele fixo, móvel ou público.

O objetivo do 112 é envolver o maior número possível de serviços de emergência. Como tal, é uma central de emergência não apenas para situações de saúde (como os acidentes ou situações de doença súbita), mas também para situações como incêndios, assaltos ou roubos. Por este motivo, a central 112, contrariamente ao assumido pela população em geral, não é atendida por um enfermeiro ou um médico, nem diretamente pelo INEM, mas sim pela PSP e pela GNR nas centrais de emergência do 112. Consoante a situação, esta central encaminha as chamadas para a PSP/GNR locais, Bombeiros ou INEM. Só em caso de situação de emergência médica (relacionada com a saúde) é que o 112 encaminha a chamada para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.

Embora pareça simples ligar 112, em caso de emergência a maior parte das pessoas pode sentir-se confusa, ansiosa e em muitos casos sem saber o que fazer. Antes de iniciar a chamada, coloque-se em SEGURANÇA e procure manter a calma.

A informação deve ser transmitida segundo uma sequência lógica e coerente. Assim, deve procurar saber a morada, o número de telefone de onde está a ligar e pontos de referência do local. Quando se trata de uma situação de emergência médica poderá também ser questionado sobre:

• O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);
• O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;
• As queixas principais e as alterações que observa;
• A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, tais como libertação de gases, perigo de incêndio, etc.

Poderá ainda ser questionado acerca de:

• Alergias pessoais;
• Antecedentes pessoais e medicação;
• Cuidados de emergência já instituídos.

Faculte sempre toda a informação que lhe for solicitada para permitir um rápido e eficaz socorro às vítimas e desligue a chamada apenas quando for indicado. Os operadores das centrais 112 vão indicar a melhor forma de proceder e enviar os meios necessários.

Lembre-se que as chamadas desnecessárias sobrecarregam o sistema, comprometendo a ajuda a quem dela realmente precisa.

Em caso de emergência ligue 112.

Tiago Malaquias (Enfermeiro) / Liliana Correia (Médica)