Autotestes Sars-Cov-2

Os autotestes Sars-Cov-2 chegaram às farmácias no início de Abril, ao abrigo de um regime excepcional no âmbito da Covid-19, definido pela Portaria no 56/2021, de 12 de Março, que contempla os critérios de inclusão, operacionalização da utilização e reporte de resultados dos autotestes. Este regime temporário terá a duração de seis meses e poderá ser prorrogado.

Os autotestes têm como objectivo ser mais uma forma de controlar a pandemia e são testes rápidos para pesquisa de antigénio Sars-Cov-2, que podem ser adquiridos para serem realizados em casa. Designam-se autotestes pois são efectuados pela própria pessoa e não por um profissional de saúde (todavia, não substituem os testes profissionais, como os testes de amplificação de ácidos nucleicos (RT-PCR) ou os testes rápidos de antigénio – TRag). São testes nasais e diferem dos testes profissionais pelo facto de a zaragatoa utilizada ser mais pequena; a recolha da amostra do exsudado a analisar é efectuada pela via nasal, através da introdução da zaragatoa nas fossas nasais, na área nasal anterior interna (nos testes profissionais, a recolha do exsudado é efectuada de forma mais invasiva, por via nasofaríngea).

Uma vez que é um teste menos invasivo, será mais fácil de efectuar em crianças.

Os autotestes rápidos de antigénio, são utilizados para diagnosticar eventuais casos de infecção por Covid-19 (contribuindo para controlar as cadeias de transmissão) e são especialmente dirigidos a doentes com suspeita de infecção e em caso de contacto com doentes positivos, bem como para fim de rastreio em populações vulneráveis, em pessoas sem evidência ou suspeita de infecção.

Os autotestes diferem dos testes PCR por detectarem certas proteínas do vírus (anti-génios), a partir de uma amostra de fluído

(exsudado nasal), enquanto que nos testes PCR é detectado o material genético do vírus.

Os autotestes Sars-Cov-2 podem ser disponibilizados pelas farmácias em caixas de 25 unidades, ou em embalagem unitária, e só podem ser vendidos a cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos.

Cada embalagem unitária é composta por um dispositivo teste, uma zaragatoa, um tubo de extracção, 1 tampa dispensadora e um folheto informativo.

O resultado do teste, que ficará disponível em 15-30 minutos, poderá ser inconclusivo, negativo ou positivo. Cada pessoa deverá tomar as devidas medidas perante cada resultado, em estreita articulação com os seus profissionais de saúde. No caso de ser inconclusivo, deverá contactar-se a Roche, empresa que comercializa os testes, através da linha de assistência 800 20 24 14.

Se for positivo, a pessoa que efectuou o teste deverá isolar-se e contactar o Centro de Contacto SNS 24 (808 24 24 24), bem como o seu médico assistente (será desencadeada a prescrição de um teste RT-PCR confirmatório). Se for negativo, devem continuar a cumprir-se as medidas de protecção em vigor, como o uso de máscara, medidas de higiene e desinfecção e o distanciamento social.

É importante ter presente que um teste falso negativo pode ocorrer se a concentração de antigénio da amostra estiver abaixo do limite de detecção do teste ou se a amostra tiver sido colhida incorrectamente, pelo que um resultado negativo não elimina a possibilidade de infecção.

Os autotestes não podem ser realizados no local de venda.

Depois de ter sido efectuado o teste, o material deverá ser colocado no lixo comum.

Patrícia Freitas



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