17 Ago Editorial Amoviseu nº15
Estamos a viver tempos de retoma da esperança numa liberdade de viver crescente e que foi “aprisionada” por uma “besta” maldita que se apelidou genericamente de “Covides”.
Esse malandro, o “covides”, torceu-nos a liberdade de viver abertamente o nosso dia-a-dia, privou-nos do convívio familiar e social, roubou-nos, em muitos casos, a possibilidade de trabalho e levou-nos, também, em mais situações do que aquelas que aventávamos a vida de uma ou mais flores do nosso jardim.
Mas, com o tempo, com a consciencialização de quase todos, lentamente, pé ante pé, lá fomos afugentando a “besta”, resumindo-a a uma perigosidade quase anónima quando comparada com a sua identidade devastadora com que se instalara no meio de nós.
Não tivemos medo e, se o tivemos, respeitámo-lo, enfrentámos e, ainda hoje, apesar de em menor escala, enfrentamos essa “besta” que teima em manter-se como uma sombra sobre o amanhã primaveril que todos os dias vemos raiar por detrás das montanhas por onde vagueou o grande Aquilino, também ele, à sua maneira, um vigilante lutador.
E nós, procurando inspiração na afirmação de Aquilino Ribeiro “alcança quem não cansa”, não nos cansamos de alcançar essa almejada e tão merecida liberdade de viver.
Rui Rodrigues dos Santos